Fibrilação Ventricular (FV)

A Fibrilação Ventricular é uma condição patológica grave, que deve ser revertida imediatamente. O coração é mantido por um sistema de condução elétrica, os impulsos elétricos possuem inicio no nó sinusal, atravessando e estimulando as fibras musculares do coração, por toda área cardíaca, a se contraírem de maneira sincronizada. Na fibrilação, os impulsos se tornam desorganizados e não possuem ritmo. A FV é uma das arritmias cardíacas graves, caracterizado por ondas grosseiras e “bizarras” na eletrocardiografia, um dos instrumentos básicos para se diagnosticar essa patologia. Ao invés de se contraírem e relaxarem alternativamente, como é normal, os ventrículos apenas fazem contrações rápidas e fracas (tremulações), produzidas por múltiplos impulsos elétricos, originários de vários pontos do ventrículo, que assim se tornam incapazes de promover a circulação normal do sangue. A FV muita das vezes é precedida por uma taquicardia ventricular. O indivíduo com fibrilação ventricular apresenta perda da consciência, parada cardíaca e, por vezes, morte. Ao exame físico o paciente se apresenta inconsciente e sem pulsações arteriais palpáveis. A reversão da Fibrilação Ventricular é realizada através de “choques”, chamamos de Desfibrilação, para que o coração volte a bater normalmente, além serem usadas medicações injetáveis para realizar esse procedimento. Fora do ambiente hospitalar, é indicado a Massagem Cardiorrespiratória, 30 Compressões/2 Respirações ou a utilização do DEA – Desfibrilador Externo Automático. Esse é um exemplo de Fibrilação Ventricular em uma Cirurgia Cardíaca. (Enfermeiro Gustavo Henrique).


O vídeo mostra exatamente uma Fibrilação ventricular. 

O Eletrocardiograma é um dos instrumentos básicos para se diagnosticar uma Fibrilação Ventricular. Não apresenta nenhuma onda característica P, QRS e T, pelo contrario, as ondas são grosseiras e não possuem morfologia comparada. 


Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)


Para começarmos a entender o que é essa patologia devemos conceituar os termos. Infarto é toda e qualquer obstrução da luz do vaso ou ruptura do mesmo, impedindo o fluxo sanguíneo ao órgão ou tecido, caracterizando escassez de oxigênio e nutrientes essenciais para a sobrevivência celular. Miocárdio é o músculo propriamente dito que compõe o coração, responsável pelas contrações (sístoles) ventriculares. Agora ficou mais fácil compreender o que é um infarto agudo do miocárdio. Podendo ocorrer obstrução por trombos, êmbolos, coágulos, ateromas, embolia gasosa, ou por simples ruptura do vaso, por excesso de pressão ou pela degeneração e enfraquecimento progressivo do vaso (arteriosclerose). Os fatores de riscos mais associados ao IAM são: Obesidade, hipertensão, diabetes, idade avançada, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo. Um IAM ocorre quando á um bloqueio do fluxo sanguíneo de uma ou mais artéria, que são responsáveis por irrigar o tecido miocárdico, conhecida mais especificamente por Coronárias. As coronárias desempenham um papel importantíssimo na vascularização miocárdica, afinal sem fluxo, não há oxigênio e nem nutrientes que são elementos extremamente necessários para manter as células vivas. Então devemos lembrar que, para a sobrevivência das células, deve-se manter um fluxo sanguíneo constante, devendo conter como elementos necessários, oxigênio e nutrientes (eletrólitos). Vamos citar um caso. Paciente com obesidade mórbida grau II, não prática nenhum tipo de exercício físico, sua alimentação é baseada em Fast-food e frituras, não possui regras e dietas quanto a uma alimentação adequada, é hipertenso e fumante á 05 anos. Esse paciente deu entrada em uma Unidade de Urgência e Emergência com dor torácica em queimação que se arrastava até a nuca e ao membro superior esquerdo, queixava-se de falta de ar intensa, a dor era atordoante, suor abundante, frio e pegajoso, pele pálida, e rebaixamento de nível de consciência, evoluindo para uma parada cardiorrespiratória e óbito. Iremos ver o que ocorre a nível estrutural, fisiopatológico dos tecidos comprometidos. Esse paciente era portador de aterosclerose. Ateromas estavam depositados no interior das coronárias, bloqueando parcialmente o fluxo sanguíneo, causando isquemia miocárdica, caracterizando Angina Pectoris inicialmente. Com o passar do tempo, o deposito de ateroma excede a resistência da camada intima da artéria coronária, rompendo essa estrutura. O rompimento dessa estrutura desencadeia um processo conhecido como cascata de coagulação, iniciando com agregação plaquetária sobre a lesão causada pelo ateroma. Quando a ruptura de alguma estrutura corporal, logo se inicia a cascata de coagulação para parar com o sangramento em determinado local, assim ocorreu com a lesão da túnica intima da artéria coronária em seu interior. Esse tampão plaquetário acabou obstruindo completamente a passagem do sangue para o músculo cardíaco (miocárdio), até então o paciente estava com fortes dores, falta de ar, e principalmente, consciente, após a oclusão total da artéria, o paciente perde a consciência totalmente e evolui para uma parada cardíaca. O fluxo sanguíneo é completamente bloqueado, impedindo a passagem de nutrientes e oxigênio, é então que começa o processo de infarto, quando as células do músculo cardíaco começam a morrer por falta de suprimento dos elementos necessários, a morte caracteriza perda de função, e perda de função localizada especificamente no coração, ocorre a parada súbita dos batimentos cardíacos, impossibilitando o fluxo continuo de sangue ao resto do corpo comprometendo outras estruturas. O infarto agudo do miocárdio só é caracterizado por focos de necrose (morte) nos tecidos cardíacos. A isquemia é característica de Angina Pectoris, considerada no passado como pré-infarto. O diagnóstico é realizado através da interpretação do eletrocardiograma. A confirmação do diagnostico induz ao tratamento com trombolíticos. É importante a prevenção de agravos, para isso utilizamos a promoção da saúde para diminuir os fatores de riscos, compreendendo uma boa alimentação, a pratica de exercícios físicos, o abandono do tabaco e do álcool, dentre várias outras ações de saúde recomendadas para evitar uma futura patologia irreversível e que pode levar até a morte. CUIDE-SE, PREVINA-SE! (Enfermeiro Gustavo Henrique).

Anatomia e Fisiologia Humana

Anatomia Humana é o campo da biologia que, através da dissecação e aplicação de outras técnicas, estuda as grandes estruturas e sistemas do corpo humano, revelando sua organização. Pode ser dividida em duas disciplinas: a anatomia setorial, regional, ou topográfica do corpo humano e a anatomia sistemática descritiva.

Fisiologia Humana é o ramo da ciência que se preocupa com o estudo do funcionamento e equilíbrio do corpo humano, assim, destina-se a explicar os fatores físicos e químicos que estão envolvidos com a origem e propagação da vida humana.
Neste contexto, a fisiologia inicia seus estudos com as células que compõem os órgãos, após busca decifrar o equilíbrio harmônico, de vários órgãos em conjunto, do funcionamento dos sistemas orgânicos. Mas não bastaria apenas entender o equilíbrio funcional celular e sistêmico, sem voltar o olhar para o ambiente em que tais células estão dispersas: o meio interno.